10.21.2006

"Os Sacrificados são os mesmos de sempre"

Manuel Alegre diz ao DN e à TSF que pode votar a favor do Orçamento, mas não vota em Sócrates para líder do PS

Veja entrevista no DN aqui.
Ouça entrevista na íntegra dada à TSF aqui.


---- EXCERTOS DA ENTREVISTA ----


Sobre as moções ao XV Congresso:

Já leu as moções?
M.A.: Já, mas vou ler outra vez e melhor. Sinto-me mais próximo obviamente da subscrita pela Helena Roseta e pelo José Leitão.


Estar Atento aos Sinais:

Os protestos de rua devem condicionar a acção governativa?
M.A.: O Governo deve estar atento aos sinais da rua. E quando há manifestações como aquela dos professores, exprime-se a zanga das pessoas, o mal- -estar. (...) Há muita gente à direita do PS que pode estar a aplaudir o Governo. Mas aquele núcleo essencial do eleitorado do PS, que não é tão forte como isso como se viu nas presidenciais e nas autárquicas, pode ser duramente afectado. E de repente isto muda.

Acho que o PS devia ousar tocar naquelas percentagens absurdas de lucros dos bancos. Há hoje em quase todos os países europeus impostos sobre grandes fortunas, até no Luxemburgo. Os bancos deviam contribuir com uma parte para o esforço colectivo. O meu partido devia, por exemplo, ter criticado o Compromisso Portugal e aquela proposta de despedir 200 mil funcionários públicos. E não o ouvi fazer.